quinta-feira, 20 de outubro de 2011

É preciso aprender a lidar com o peso emocional

Por Dra. Gláucia

O ganho excessivo de peso é freqüentemente um sintoma de uma disfunção emocional subjacente. A depressão, o aborrecimento, a solidão, a raiva crônica, a ansiedade, a frustração, o estresse, os relacionamentos interpessoais insatisfatórios e a baixa auto-estima podem resultar em comer excessivo e, em sua conseqüência, ganho de peso não desejado.

Muitos de nós aprendemos que o alimento pode trazer conforto quase imediato, ao menos por um curto espaço de tempo – o que faz com que descontemos nos alimentos aqueles sentimentos de estresse emocional. Comer transforma-se em um vício e nós não aprendemos as habilidades que resolverão, de forma eficaz, nossa aflição emocional. Identificando os “gatilhos” que nos levam a comer, podemos tentar substituir, com técnicas apropriadas, as dificuldades em dizer “não” à comida e evitar o ganho de peso fora do programado.

Identificando as situações de “risco” – os “gatilhos” do comer

As situações e as emoções mais comuns que nos levam a comer podem ser classificadas em cinco categorias principais:

  • Social – envolve o nosso comer quando estamos rodeados de outras pessoas. Por exemplo, comer excessivo resultado do incentivo do outro para que você se alimente, comendo para sentir-se aceito, comendo durante uma discussão ou comendo porque nos sentimos inadequados em um grupo;
  • Emocional – é uma resposta ao aborrecimento, ao estresse, à fadiga, à tensão, à depressão, à raiva, à ansiedade ou à solidão (como uma maneira de “preencher o vazio”);
  • Ambiental – ocorre porque a oportunidade está lá: em um restaurante, com o incentivo de uma propaganda de um alimento em particular, passando por uma padaria;
  • Pensamentos - ato de comer em conseqüência a imagem negativa de seu próprio valor, ocorrendo em pessoas exageradamente críticas com seu jeito de ser ou a falta de força de vontade e, a partir de tudo isso, inventando-se desculpas para comer;
  • Fisiológico – quando se come em resposta à sugestões físicas: a fome aumentada por pular as refeições, mantendo um tempo prolongado de jejum e descontando tudo depois em uma única refeição, ou comer para curar dor-de-cabeça ou outro tipo de dor.

Para identificar os gatilhos do comer excessivo, mantenha um diário alimentar que mostre a você mesmo o que, quanto e quando você come, bem como em que situação isso acontece (você está estressado, tendo pensamentos ou emoções que pode identificar quando está comendo?). Isso fará com que se identifique rapidamente os padrões que levam ao comer excessivo.

Quebrando a rotina

Identificar os gatilhos é a primeira etapa. Entretanto, somente isso não é suficiente para alterar os padrões errados do comer, já que, muito provavelmente, você os carrega há muito tempo consigo. Agora é preciso mudar hábitos.

Desenvolver alternativas ao comer excessivo é a segunda etapa. Quando você identificar que vai alimentar-se em resposta a uma situação de risco ou a um “gatilho”, tente realizar atividades que tragam alguma boa lembrança a você: assista a um filme que queria, leia um livro que lhe interesse, escute sua música favorita, saia para caminhar, tome um longo e gostoso banho, faça um exercício respirando profundamente, jogue cartas, dance, converse com um amigo, realize tarefas de casa, faça jardinagem, lave o carro, passeio com o cachorro, escreva uma carta, nade, cuide de você – ou faça outras atividades prazerosas que farão com que o impulso reconhecido como “comer” passe.

Como lidar com isso?

Às vezes simplesmente distrair-se e desenvolver hábitos alternativos ainda não seja suficiente para controlar a aflição emocional que conduz ao comer excessivo. Outras maneiras de lidar eficazmente com o estresse emocional podem ser conseguidas com treinamento e podem envolver exercícios de relaxamento, meditação, treinamento assertivo comportamental, exercícios físicos, psicoterapia em grupo ou individual. Essas técnicas trabalham o controle da aflição emocional e ajudam a resolver o problema original, que, na grande maioria das vezes, não está no ato de comer, ensinando-nos maneiras mais eficazes e saudáveis de lidar com a situação do comer em excesso.

Recompense você mesmo

Assim que você aprender e incorporar as estratégias mais apropriadas e lidar bem com o seu comer excessivo, recorde de se recompensar pelo trabalho bem feito. Nós tendemos a repetir os comportamentos que foram reforçados, assim a recompensa quando você alcança e gerencia bem seus objetivos nutricionais pode existir de uma boa forma. Compra aquele livro que tanto queria, saia alguns dias para aquelas férias já há muito programadas, presentei-se com uma massagem que queria conhecer e aproveitar, mostre e saiba, no seu íntimo, que realizou um bom trabalho e se dê a chance de aumentar as probabilidades que você manterá seus novos hábitos saudáveis.


Fonte: http://draglauciaduarte.wordpress.com/artigos/e-preciso-aprender-a-lidar-com-o-peso-emocional/

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